sábado, 31 de julho de 2010

«O prazer de chegar, de estipular uma meta e de alcançá-la com as nossas próprias forças à custa de sacrifícios e esforços, o prazer de ver crescer dentro de nós qualquer coisa que se considera como necessário à plenitude humana, é o prazer de viver, o prazer de ser livre e de nos sentirmos realmente construtores de nós próprios.
E quando chegamos desaparece todo o cansaço…mas não se chega se não for para tornar a partir…
Monta-se a tenda, repousa-se, ambientamo-nos, familiarizamo-nos com a paisagem e dialogamos com as estrelas; mas depois, quando se torna dia voltamos a partir.
A tenda volta a dobrar-se, apaga-se cada traço e vamos, levando no coração aquela riqueza de coisas e de pessoas, do que se viveu.
Depois outra etapa, outro encontro com outras pessoas e outras coisas; mas as estrelas serão ainda aquelas, as mesmas nuvens, a água, o fogo, ainda aquela alegria de chegar.
Não estamos parados, fomos feitos para caminhar, para crescer. Chegar e partir torna-se uma lição de humildade e disponibilidade. O sentido do novo que a cada dia se abre aos nossos olhos e ao nosso coração, uma continua mudança de situações interiores e exteriores, são elementos que pouco a pouco dão à nossa personalidade a consciência do próprio limite e o gosto de procurar e provar, de sentir aquilo que somos…é parte de um desafio que nos torna mais completos.
Muitos anos já vividos, muitos momentos e marcas que ficam, que só nós compreendemos ao ponto de não os conseguirmos descrever quando nos perguntam a sua importância. Mas o caminho, esse mesmo após a partida, é interminável. Há sempre forma de “deixar um mundo um pouco melhor” e como a “maneira de alcançar a felicidade é contribuir para a felicidade dos outros” fazemo-lo continuamente em pequenos gestos…»

Nunca esqueças estes pequenos gestos…nunca deixes de chegar e partir…mas não te esqueças de o fazer à custa de sacrifícios e esforços …“não se pode nadar e guardar a roupa ao mesmo tempo”…

É tempo de partir…

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